Um dos grandes desafios desde sempre na cajucultura é agregar valor à matéria prima. Os integrantes do Sindicato Rural de Picos estão bem conscientes disso. Tanto é que demandaram junto ao Serviço de Aprendizagem Rural do Piauí um “Curso para fabricação de aguardente de caju”.
Ministrado por Silvia Viana de Almeida (Senar – PI) , com formação em química industrial, o curso foi um sucesso e ocorreu durante a 6ª edição do “Picos Fest Berro”, com término nesta segunda-feira, 8/4. O evento foi realizado em um pequeno alambique (foto), equipamento utilizado por Silvia em oficinas promovidas em feiras.
É bom ressaltar que já circula na região de Picos uma bebida mista conhecida como “cajuaça”, criada por Lenildo Lima em 2007. Em conversa com o site Cajucultura, Silvia Almeida disse que “aposta na ideia e entende que tem tudo pra dar certo. A bebida teve uma aceitação muito boa por quem provou. O que falta agora é avaliar os custos para ver a competitividade do produto frente a aguardente de cana de açúcar”. Ainda segundo Silvia, “os cajucultores buscam novas alternativas além da já tradicional cajuína e dos diversos tipos de doces”.
Excelente iniciativa e um bom exemplo a ser seguido por outras regiões produtoras. No Ceará temos o exemplo do cajucultor Sebastião Ribeiro Gomes, de Ocara, com a marca ‘Cajuí”.
Agradecemos a colaboração da agrônoma Elizângela Pereira, da Adapi de Picos, pelas fotos e intermediação dos contatos.