A tendência mundial, em se tratando de produtos agrícolas, é o consumo de alimentos livres de agroquímicos. Não existem mais dúvidas que esta é uma tendência que veio para ficar. Os que ainda duvidam disso devem olhar com atenção para os números do maior mercado do mundo, os Estados Unidos, onde empresas como Tyson Foods e Pilgrim’s Pride, as maiores do setor no país, têm aumentado a oferta de carne proveniente de frangos e bovinos alimentados com ração orgânica. De acordo com o Departamento de Agricultura, a venda de comida orgânica certificada vem crescendo a uma taxa de 10% ao ano.
Mas não é apenas nos EUA. Europa e mercados asiáticos estão muito atentos para a questão do uso indiscriminado de agroquímicos (inseticidas, fungicidas, herbicidas, corretivos e fertilizantes), deixando muito claro que as restrições para a entrada de produtos que não atendam os requisitos de saudabilidade terão dificuldades de acessarem tais mercados. No Brasil é questão de tempo.
Olhando para a nossa incipiente cajucultura, devemos estar muito atentos para evitar o uso sem critérios técnicos de agroquímicos. É importante sempre consultar um engenheiro agrônomo antes de adotar fórmulas, muitas vezes duvidosas, que circulam em grupos de Whatsup. Não esquecer que o inseticida ou fungicida deve ser usado como último recurso, e não como o primeiro.
Olho vivo!