Localizado na África Ocidental, Gana está entre os maiores produtores africanos de castanha de caju. O país produz atualmente cerca de 85.000 toneladas de castanha de caju in natura, o que representa cerca de um por cento da produção mundial. Desse total, mais de 90% são comercializados para a Índia e o Vietnã por exportadores e processadores asiáticos.
A produção ganense de castanha de caju remonta à década de 1960, com a produção voltada para os mercados de exportação tendo crescido significativamente na última década.
Gana tem 14 unidades de processamento de castanha, com uma capacidade total anual de 65.000 toneladas. Embora 10 dessas plantas estejam ativas, elas processam menos de 10% da produção anual total de caju. As demais plantas de processamento pararam de operar ou foram completamente fechadas.
Há uma série de desafios que dificultam o processamento local de castanha de caju em Gana. A principal delas é a falta de capital para manter as operações, juntamente com a incapacidade dos processadores locais de acessar castanha de caju in natura dos agricultores.
Os processadores locais também enfrentam intensa concorrência de processadores e exportadores estrangeiros – principalmente da Ásia – que aumentam os preços da castanha de caju. Enquanto os processadores e exportadores asiáticos são capazes de arcar com altos preços ao produtor devido ao acesso a taxas de juros preferenciais em seus países de origem, os processadores locais não conseguem competir, deixando-os simplesmente incapazes de comprar castanha de caju in natura.
Essas condições deixam Gana fora do jogo, perdendo assim oportunidades significativas de geração de empregos e renda por meio da crescente indústria global do caju.