Como as previsões já antecipavam há pelo menos quatro meses, e agora confirmadas pelo IBGE no último dia 11/1, o Brasil encerra o ano de 2021 com resultados decepcionantes em relação à safra de castanha de caju.
Os números divulgados apontam para uma produção de 110,6 mil toneladas de castanha, o que representa um decréscimo de 20,2% em relação à produção obtida em 2020 (138,7 mil toneladas). As maiores quedas de safra foram registradas no Ceará (25,9%) e Piauí (17,9%), com o Rio Grande do Norte apresentando uma diminuição de 4,5% (ver tabela abaixo). Saliente-se que juntos, os três responderam por 89,2% da produção brasileira de castanha de caju em 2021.
Safra brasileira de castanha de caju 2021
UF |
Produção (t) | 2021/2020 |
Brasil |
110.669 |
– 20,2% |
Ceará |
63.076 |
-25,9% |
Piauí |
19.020 |
-17,9% |
R.G.Norte |
16.667 |
-4,5% |
Outro aspecto chama a atenção nos números da safra de 2021: nos três estados, as produções mostraram-se inferiores aos dos três anos anteriores. A baixa pluviosidade ocorrida nos primeiros quatro meses de 2021 tem sido apontada como um dos fatores principais responsáveis por essa expressiva quebra de safra. Além disso, as pragas e doenças também fizeram a sua parte. Mas será só isso?
Esse baixo desempenho certamente colocará o Brasil fora do ranking dos 10 maiores produtores mundiais de castanha em 2021, além de gerar incerteza quanto à oferta de matéria prima made in Brazil para o processamento doméstico no corrente ano.