Brasil importa amêndoa de castanha de caju

Segundo dados da Conab (Boletim Análise Mensal/Caju, de novembro de 2021), a produção nacional de castanha de caju vem se reduzindo a uma taxa média anual de 2,0% entre 2017 e 2021, refletindo uma diminuição de área de 4,0% ao ano no período, apesar do aumento de 1,3% na produtividade anual da cultura. A produção do Ceará, principal estado produtor,  vem recuando à taxa média anual de 1,7% entre 2017 e 2021.

De igual modo, entre 2017 e 2021, a redução de área vem acontecendo nos três principais estados produtores, à taxa média anual de 3,3% no Ceará; de 1,4% no Piauí; e de 10,2% no Rio Grande do Norte. Esses três estados, até o mês de novembro representavam 92,1% da área destinada à colheita no ano de 2021.

Não menos preocupantes do que os números acima, são algumas informações também contidas no referido boletim, mostrando que crescem as importações de amêndoa de castanha de caju no mercado interno. De janeiro a novembro de 2021, as mesmas somaram 308 toneladas, perfazendo um valor de US$ 811,0 mil, representando um aumento de 42,0% em termos de quantidade e de 9,9% em termos de valor em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os países de origem dessas importações foram a Guiné Bissau, Gana, Vietnam e Costa do Marfim.

Os números acima realçam de forma assustadora os perigos que ameaçam a sustentabilidade da cadeia produtiva da cajucultura nacional. É só o começo… A quem recorrer?

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